sábado, 21 de abril de 2012

Sobre literatura infantil 2

daqueles livros que se pode ler em uma sentada, eu li em três dias. para saborear melhor. não é literatura infantil, é o Indez, do querido Bartolomeu Campos de Queiróz. quanto mais o leio, mais me apaixono.

pois o ritmo e a poesia são tão parecidos com os daqui que li em voz alta! o mini menino dormia com a voz e o balanço da rede. a pequena chegou...   foi ficando...   acabou acompanhando, de cabo a rabo.

gostou do Antônio. Antônio, não Toninho ou Tonho. Antônio, assim falado de boca cheia. imaginei a cabecinha da pequena pensando na boca cheia. ou na chuva de pétalas de rosa. no sonho com cheiro de açúcar e canela, no quadrado de sol no chão da sala, na escola...

foi bonito.

quando chorei pela história, ela calou. sentiu junto. não perguntou nada nem pela voz estranha daquelas partes em que o coração apertou minha garganta. dia seguinte foi ela quem chorou, pela princesa eternamente triste. não quis inventar um fim pra história: o choro curou a dor.

Antonio cresceu e acho que a pequena também cresceu um pouquinho com ele.

fim do livro. ela o pegou, abriu a orelha e marcou uma página qualquer: quando a gente pegar o livro, vai pensar que estava aqui, nessa página que tá marcada. entendi o recado, feliz.


Nenhum comentário:

Postar um comentário