daqueles livros que se pode ler em uma sentada, eu li em
três dias. para saborear melhor. não é literatura infantil, é o Indez, do querido Bartolomeu Campos de
Queiróz. quanto mais o leio, mais me apaixono.
pois o ritmo e a poesia são tão parecidos com os daqui que
li em voz alta! o mini menino dormia com a voz e o balanço da rede. a pequena
chegou... foi
ficando... acabou
acompanhando, de cabo a rabo.
gostou do Antônio. Antônio, não Toninho ou Tonho. Antônio,
assim falado de boca cheia. imaginei a cabecinha da pequena pensando na boca
cheia. ou na chuva de pétalas de rosa. no sonho com cheiro de açúcar e canela, no quadrado de sol no chão da sala, na escola...
foi bonito.
quando chorei pela história, ela calou. sentiu junto. não
perguntou nada nem pela voz estranha daquelas partes em que o coração apertou minha
garganta. dia seguinte foi ela quem chorou, pela princesa eternamente triste.
não quis inventar um fim pra história: o choro curou a dor.
Antonio cresceu e acho que a pequena também cresceu um
pouquinho com ele.
fim do livro. ela o pegou, abriu a orelha e marcou
uma página qualquer: quando a gente pegar o livro, vai pensar que estava aqui,
nessa página que tá marcada. entendi o recado, feliz.
Nenhum comentário:
Postar um comentário