domingo, 27 de maio de 2012

O efêmero e a permanência

banho com a pequena - delícia! invariavelmente desenhamos no vidro do box. e eu lá, pensando que é bacana isso pela impermanência do desenho, viajando no efêmero do ato. é um aprendizado, isso, não? lidar com o efêmero?

pois bem. acabamos um desenho de uma linda carruagem de abóbora carregada por dois cavalos em uma noite de lua minguante, estrelada que só! a cinderela e a rapunzel estavam lá dentro. mas e o cabelo da rapunzel, como vai ficar, perguntei. ah, já sei!, tive como resposta, as crianças fizeram uma trança cheia de flores que deixou o cabelo chegando só até o chão (só!).

lá estavam as duas, dentro da carruagem. lá estavam os cavalos, o cocheiro, o chão, o céu estrelado e tudo o mais. e também os respingos da água, começando a apagar o desenho. o vapor.

eis que a pequena acaba com meu sonho de efemeridade: vamos sair e desenhar num papel?

lógico que vamos!

ora, pra que foi feito esse blog senão pra registros daquilo que não quero que se perca assim... tão fácil... na memória...? 

algumas coisas merecem permanência, noué? 


Um comentário: